Chá Rooibos
(Aspalathus linearis)
2.70Euros
Propriedades Terapêuticas
- Actividade antioxidante. Contém várias substâncias (flavonoides) que protegem as células da acção dos radicais livres de oxigénio que se formam espontaneamente no decurso da actividade celular. Estes radicais são os responsáveis pelo stress oxidativo das nossas células, o qual está muito associado ao envelhecimento e morte celular e a doenças como o cancro, doenças degenerativas, envelhecimento cerebral e doenças cardio-vasculares. Os flavonoides, juntamente com a vitamina C contida nesta planta, reduzem os danos celulares e fortalecem o sistema imunitário contra aqueles tipos de doenças. Efeito antivírico na pele (relevante para atletas de alta competição, que estão particularmente expostos a este tipo de infecções);
- Propriedades anti-alérgicas nas crianças: alivia sintomas alérgicos como cólicas, insónia e dores de estômago. Ajuda os bebés a fazerem uma melhor digestão e proporciona um sono mais profundo e tranquilo.
O chá de Rooibos tem origem nas folhas e caules das plantas da espécie Aspalathus linearis. Uma planta endémica das regiões montanhosas da África do Sul e cultivada exclusivamente numa pequena região (Cedar Valley) próxima da cidade de Cedarberg. É um arbusto adaptado a solos pobres e a climas quentes e secos. Pode atingir de 1 a 12 metros de altura e tem ramos longos, dos quais partem vários raminhos com pequenas folhas, que lhe conferem o aspecto arbustivo. As folhas lembram as agulhas de um pinheiro e as flores amarelas assemelhamse às da giesta.
História
Sabe-se que há mais de 300 anos, as populações indígenas das regiões montanhosas ao Norte do Cabo da Boa Esperança (África do Sul) colhiam as partes aéreas do Rooibos silvestre, que faziam fermentar para fazer uma infusão de gosto frutado e açucarado. O Rooibos é uma bebida tradicional quente dos descendentes Khoi (ou Bosquímanos) que vivem na região de Clanwilliam nas Montanhas de Cedarberg. Foram eles os primeiros a colher Rooibos silvestre e a usá-lo para fazer chá. O Rooibos passou a ser cultivado nos finais dos anos 1920 e tem crescido em termos comerciais desde a Segunda Guerra Mundial. Actualmente, é exportado para todo o mundo. Esta infusão tornou-se a bebida nacional da África do Sul. Embora a espécie aspalathus linearis tenha sido descrita e classificada por botânicos em 1772, foi apenas nos anos 1920 que se começou a cultivar o Rooibos com fins comerciais. Actualmente, a África do Sul produz, anualmente, vários milhares de toneladas, das quais metade é exportada para a Alemanha, Países Baixos, Inglaterra, Japão, Malásia, Coreia do Sul, China, Polónia, Itália, França e América do Norte.
Se as populações indígenas utilizavam o Rooibos para fins medicinais, não existem quaisquer registos ou vestígios. Terá sido apenas em 1968 que uma mulher sul-africana, Annique Theron, descobriu as virtudes do Rooibos, para aliviar as cólicas do seu bebé. Em 1970, Annique publica um livro sobre os efeitos benéficos da infusão daquela planta para tratar alergias cutâneas. Patenteia um extracto de Rooibos, que é hoje utilizado para produzir vários produtos de saúde e cosmética. O interesse recente no Rooibos deve-se, essencialmente, ao facto de esta planta conter várias substâncias anti-oxidantes, tal como a planta do chá embora, ao contrário desta, sem cafeína nem taninos (responsáveis pela adstringência do chá, que não é apreciada por muitos). Por tudo isto, é tida por muitos médicos sul-africanos como uma óptima bebida pediátrica, no alívio de cólicas, intranquilidade e problemas do sono e ainda alergias cutâneas, eczemas e eritremas.
Colheita e Produção
Os ramos e folhas são recolhidos entre o Verão (essencialmente) e o fim do Outono. Posteriormente, são partidos em pedaços de 4 cm de comprimento e prensados, depois banhados com água e amontoados. Aí fermentam durante 8 a 24 horas. Depois da fermentação, o Rooibos é seco ao sol e, eventualmente, aromatizado. O chá de Rooibos fermentado tem uma coloração vermelhoacastanhada, com um gosto frutado e adocicado.
Nota: A infusão de Rooibos, embora comummente chamada de chá, é, na realidade, uma infusão de ervas (tisana), visto que não deriva da camelia sinensis. No entanto, alguns passos do seu processamento lembram, efectivamente, os utilizados nos chás.